Enfatizou igualmente que também no lado das importações, embora continuem as mesmas a crescer, a evolução da tendência nos bens e produtos metalúrgicos e metalomecânicos é mais positiva do que no resto da economia.
Esta boa performance do sector traduz-se assim em duas vertentes: (1) aumento grande das exportações; (2) substituição de produtos importados por produtos nacionais.
Tendo em conta a importância e a actualidade do assunto, publica-se nas linhas subsequentes o texto do referido editorial.
"Exportações e substituição de importações
A AIMMAP fez um pequeno estudo sobre as taxas de crescimento das exportações e importações portugueses nos meses de Janeiro a Maio de 2011.
No que concerne às exportações, as taxas de crescimento foram as seguintes:
- Sector metalúrgico e metalomecânico: 20,4%
- Indústria transformadora: 19,2%
- Total nacional: 18%
Já no que se refere às importações, os crescimentos foram os seguintes:
- Metalurgia e metalomecânica: 3,8%
- Indústria transformadora: 8,1%
- Total nacional: 10,5%
Estes dados permitem a extracção de conclusões muito interessantes.
Em primeiro lugar, verifica-se que as exportações globais do país estão a crescer mais do que as importações, o que, para além de uma boa notícia, prenuncia a inversão de um ciclo.
Por outro lado, constata-se que as exportações da indústria transformadora em geral crescem a um ritmo mais elevado que as do país. E ainda acresce que, no quadro da indústria transformadora, o sector metalúrgico e metalomecânico cresce acima da média.
No que concerne às importações, as taxas de crescimento escalonam-se pela ordem exactamente inversa: a do total nacional é superior à da indústria transformadora e dentro desta, os produtos do sector metalúrgico e metalomecânico são os que menos crescem.
Significa o exposto que tanto no capítulo das exportações como no da substituição das importações, o sector metalúrgico e metalomecânico é claramente o que melhor está a corresponder ao enorme desafio que as dificuldades do país têm efectuado ao mundo empresarial.
Com efeito, tal como é sabido, este sector é de longe o que mais exporta em Portugal, representando bem mais de uma quarta das vendas do país ao exterior.
Mas ainda assim, é aquele cujas exportações mais crescem, mantendo e reforçando a sua liderança nesse domínio.
Por outro lado, o aumento das importações de produtos do sector metalúrgico e metalomecânico pelo país é muitíssimo menor do que o da média nacional e mesmo o da média da indústria transformadora.
Não temos dúvidas de que assim sucede porque o sector está a investir igualmente na substituição de importações. E esperamos inclusivamente que, no próximo ano, pela primeira vez desde há muito, haja uma redução das importações no que concerne aos produtos e equipamentos metalúrgicos e metalomecânicos.
Todos estes números, bem como as ilações que lhes estão associadas, devem ser tidos em conta quando o governo português tomar opções políticas de apoio à economia e à actividade empresarial.
Não adianta apostar em sectores moribundos e sem potencial de crescimento e/ou competitividade.
Ora, os números apontam rumos claros: vale a pena apostar na indústria transformadora. E dentro desta, há sectores que justificam uma atenção muito especial, como é o caso da indústria metalúrgica e metalomecânica.
O Presidente da DirecçãoNo que concerne às exportações, as taxas de crescimento foram as seguintes:
- Sector metalúrgico e metalomecânico: 20,4%
- Indústria transformadora: 19,2%
- Total nacional: 18%
Já no que se refere às importações, os crescimentos foram os seguintes:
- Metalurgia e metalomecânica: 3,8%
- Indústria transformadora: 8,1%
- Total nacional: 10,5%
Estes dados permitem a extracção de conclusões muito interessantes.
Em primeiro lugar, verifica-se que as exportações globais do país estão a crescer mais do que as importações, o que, para além de uma boa notícia, prenuncia a inversão de um ciclo.
Por outro lado, constata-se que as exportações da indústria transformadora em geral crescem a um ritmo mais elevado que as do país. E ainda acresce que, no quadro da indústria transformadora, o sector metalúrgico e metalomecânico cresce acima da média.
No que concerne às importações, as taxas de crescimento escalonam-se pela ordem exactamente inversa: a do total nacional é superior à da indústria transformadora e dentro desta, os produtos do sector metalúrgico e metalomecânico são os que menos crescem.
Significa o exposto que tanto no capítulo das exportações como no da substituição das importações, o sector metalúrgico e metalomecânico é claramente o que melhor está a corresponder ao enorme desafio que as dificuldades do país têm efectuado ao mundo empresarial.
Com efeito, tal como é sabido, este sector é de longe o que mais exporta em Portugal, representando bem mais de uma quarta das vendas do país ao exterior.
Mas ainda assim, é aquele cujas exportações mais crescem, mantendo e reforçando a sua liderança nesse domínio.
Por outro lado, o aumento das importações de produtos do sector metalúrgico e metalomecânico pelo país é muitíssimo menor do que o da média nacional e mesmo o da média da indústria transformadora.
Não temos dúvidas de que assim sucede porque o sector está a investir igualmente na substituição de importações. E esperamos inclusivamente que, no próximo ano, pela primeira vez desde há muito, haja uma redução das importações no que concerne aos produtos e equipamentos metalúrgicos e metalomecânicos.
Todos estes números, bem como as ilações que lhes estão associadas, devem ser tidos em conta quando o governo português tomar opções políticas de apoio à economia e à actividade empresarial.
Não adianta apostar em sectores moribundos e sem potencial de crescimento e/ou competitividade.
Ora, os números apontam rumos claros: vale a pena apostar na indústria transformadora. E dentro desta, há sectores que justificam uma atenção muito especial, como é o caso da indústria metalúrgica e metalomecânica.
Aníbal Campos"