quarta-feira, 27 de julho de 2011

Internacionalização

No editorial da edição n.º 194 da revista “TecnoMetal”, o Presidente da Direcção da AIMMAP anunciou pronunciou-se sobre algumas medidas propostas pela CIP para incremento da internacionalização das empresas portuguesas.

Considerando o interesse do assunto, publica-se nas linhas subsequentes o texto do referido editorial.

"Internacionalização

O aumento das exportações portuguesas é um desafio absolutamente vital para a nossa economia.
Foi nesse âmbito apontado pelo governo anterior, como um verdadeiro desígnio nacional, o reforço do peso das exportações, até ao ano de 2020, para valores superiores a 40% do PIB.
Independentemente da mudança recente de governo, essa meta terá de continuar a ser o mais importante objectivo estratégico do país, embora sem perder de vista, de forma concomitante, um investimento acrescido na substituição de importações.
Temos vindo a reiterar que, no nosso entendimento, é às próprias empresas que cabe a principal quota-parte no esforço a todos exigido no sentido de se aumentarem as exportações.
Nesse sentido, devem as empresas prosseguir a implementação de estratégias de afirmação de excelência e qualidade, visto que apenas assim poderão ser realmente competitivas nos mercados mais importantes e exigentes.
Há pois que continuar a investir na formação, na propriedade industrial, na certificação, na inovação ou na investigação e desenvolvimento.
Ao Estado pede-se essencialmente que, pelo menos, não atrapalhe. Mas também lhe incumbe criar um ambiente amigável à actividade empresarial, o que apenas pode ser concretizado se estiver próximo das empresas.
A CIP apresentou recentemente, ainda antes do acto eleitoral do passado dia 5 de Junho, um conjunto de propostas para o programa do novo governo.
Nesse excelente documento poderão ser encontradas inúmeras propostas que, no caso de virem a ser adoptadas pelo poder político, contribuirão seguramente para que a economia portuguesa seja dinamizada.
Sem prejuízo da relevância de muitas outras, gostaria de sublinhar nesta oportunidade, muito particularmente, algumas das propostas veiculadas naquele documento tendo em vista uma melhor operacionalização dos esforços a fazer pelas empresas no domínio da internacionalização.
E para melhor compreensão, nada melhor do que as transcrever neste editorial:
- Maior articulação da rede externa da AICEP e das Embaixadas e reforço da relação destas com as empresas, dando um cariz verdadeiramente substantivo e eficaz à chamada diplomacia económica;
- Participação de representantes empresariais na administração da AICEP;
- Promover o reforço do papel da iniciativa privada, nomeadamente das associações empresariais e das grandes empresas, no desenvolvimento de acções de promoção e apoio à internacionalização de PME’s;
- Apoio à criação e funcionamento de redes de cooperação empresarial, em particular consórcios para exportação.
São sugestões de fácil aplicação e que em grande parte visam precisamente contribuir para uma maior proximidade entre as empresas e as entidades públicas que têm o encargo de as apoiar.
O Estado tem de compreender cabalmente aquilo que é melhor para as empresas. E para isso não pode cair na tentação verdadeiramente totalitária de se arrogar no direito de ser o principal dono da razão.
O Presidente da Direcção
Aníbal Campos"

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